O Segundo Filho

Brincadeiras de Irmãos 💕


Um dos motivos pelos quais queríamos que os nossos Filhos tivessem uma diferença de idades pequena era não nos desabituarmos de ter bebés em casa. Parecia-nos que, assim, não desperdiçaríamos o conhecimento acumulado, que o primeiro Filho nos trouxe... Quase como uma economia de escala de sabedoria em bebé-ês 😉.

Mas, apesar disso, a segunda gravidez não foi tão tranquila como eu estava à espera. Eu imaginei que, por já saber o que se seguia, e ainda me lembrar tão bem, a segunda gravidez fosse mais pacífica que a primeira; que a ansiedade para que chegasse a consulta seguinte, onde podia ouvir aquele som maravilhoso do coração do meu bebé, fosse menor; que fosse simplesmente usufruir daqueles meses, que passam tão rápido e deixam tantas saudades... Mas não. Acho que contava ainda mais atentamente os dias entre as consultas...

Rapidamente me apercebi que um dos receios que tinha era não me lembrar de certos detalhes de como se trata de um recém-nascido, por já ter outro em casa, mais crescido, a quem já estava habituada a fazer tudo e mais alguma coisa, com o cuidado que um bebé de quase dois anos necessitava e não com o preciosismo que tinha quando ele era recém-nascido. Talvez por isso, quis fazer novamente o curso de preparação para o parto, para me lembrar de todos esses pormenorzinhos delicados...

Desta vez não tinha qualquer dúvida que ia ser uma boa Mãe e que ia saber cuidar e ouvir o meu bebé. Mas receava tratar o mais novo como se ele fosse mais crescido, como que saltando etapas, por já haver uma rotina estabelecida, para o Mano mais velho.

Se, enquanto o Rodrigo era recém-nascido, sempre demos bem conta do recado (tirando uma ou outra chupeta menos esterilizada), depois de ele crescer um bocado e já estar mais independente (mais parecido com o irmão), a verdade, é que acho que isso acaba mesmo por acontecer. Tenho a certeza que, com o Miguel, tínhamos brincadeiras mais adequadas à idade dele, líamos livros mais adequados à idade dele, víamos desenhos animados mais adequados à idade dele.

Até que ponto isso tem influência no desenvolvimento dos miúdos, nunca saberemos. Mas, quando na última consulta no pediatra, ele disse que tínhamos que estar atentos ao facto de o Rodrigo ainda não dizer quase nada, inevitavelmente, ficamos a pensar no assunto! 

Sempre pensei que as coisas se acabam por equilibrar. Se, por um lado, o Miguel teve a atenção da Mamã e do Papá só para ele durante dois anos, o Rodrigo beneficiou de já não ser cobaia da inexperiência dos Pais, de ter um Irmão para puxar por ele, para brincar com ele. Mas, será suficiente? Será que podemos fazer as coisas de forma diferente?

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