O Dia Seguinte

Depois do ENORME susto que apanhei na semana passada, estou a ter muita dificuldade em superar o que aconteceu...

Não consigo deixar o Rodrigo numa divisão sozinho.
Andar de carro, sozinha com eles, é uma verdadeira tortura (o Rodrigo vai no banco de trás e eu não consigo ver a cara dele).
Quando vamos os quatro no carro, eu vou no banco de trás, comprimida entre as duas cadeirinhas.
Ele está sempre no colo, porque deitá-lo angustia-me.
Sempre que oiço um "ele está a dormir descansado", o meu coração dispara: era a dormir descansado que ele estava quando tudo aconteceu.
Quando ele tosse ou bolsa, o meu coração também dispara.
Ele tem dormido comigo, porque o berço dele está longe demais (mesmo sabendo que, provavelmente, o local mais seguro para ele dormir é na cama dele...).
Estou sempre a (re)ver a carinha dele de aflição.
Acordo imensas vezes, durante a noite, só para ter a certeza que ele está bem.
Dormimos de luz acesa.
Estou sempre a dizer ao Miguel para mastigar bem a comida e parto-lhe tudo em bocadinhos bem pequeninos.

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